terça-feira, 15 de outubro de 2013

Filhos do deserto

Levastes o vento embora
O sopro de vida que ainda me restava
Agora sou capa, resistindo no deserto
E o frio que me segue
É como a peste da fome solta no ar
Moribundo ar

A minha porta não tem soleira
Sei que logo vais entrar
Protegei os filhos do deserto
Seja comigo Alá

Não temo o perigo
E nem a hora que virá
Entreguei meu coração de criança partido
Ainda assim, seja comigo Alá

Pelas lágrimas que escorreram do meu rosto
Pelo sangue que se verteu, sem se derramar
Pela súplica à Estrela de Davi
Que seja indolente a partida
E de mim só deixes o bem
Que o bem, o bem se perpetuará

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