sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Caminhos Para(elos)

A oportunidade vem
Mesmo para quem não tem nenhum vintém
O caminho tem que dar
O nada não é lugar
Porque há sempre história para contar
E eu encontrei sentido na dor, no calo que se formou
No rastejo, na correria, no sol do meio dia
No congestionamento dos meus pensamentos
E aqui estou com um bocado de flashes, de decepções, de ilusões, de paixões e de certezas
Essa mistura eu trago nas mãos
O papel se aproveita. Deita e deleita
Mesmo com os rabiscos
É disso que ele gosta
Fiz de conta
Me virei do avesso
Não fui eu mesma
Paguei o preço
Deixei passar, deixei fazer
Me estendi
E me doei
Reconheci
E acumulei
Na hora de rir me entreguei
E essa era a lei
Aquilo tudo não seria de novo
Então, novos caminhos eu inventei
Não fui além do que eu poderia ser
Fui tudo o que cabia dentro de mim
Mas foi quando eu fui você que eu realmente pude entender
O porquê a gente vem e por quem a gente vai
E tudo fez sentido
Me completei ao redor do mundo
E o mundo agora cabia em mim


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Untitled

Fim ou Começo?
Responda rápido!
Eu ainda estou pensando...
De repente me vi sem aquele peso

Fantasias e loucuras
Retidas nas palavras
Eram os meus sonhos quase pueris
Demarcados pela tua presença

Firme, impregnado
Ressurgia sua lembrança
Encarcerada eu me sentia
Detinhas a chave da minha liberdade e nem sabias

Fui fundo e perdi minhas asas
Reneguei o juízo e a coragem
Eu me segurei no suspiro e do
Desespero só você me salvaria

Faltei à aula do esquecimento
Recebi o meu salário
Enovelada até não poder mais
Dentro daquela trama eu colecionava lágrimas

Fatos e memórias eu guardei num
Relicário que só eu mexia
Estava lá uma de suas faces
Dentro de frases mal construídas

Fogo que se consumia enquanto
Eu remontava meu quebra-cabeça
Era o trio da alegria
Dentro de um teatro de sombras

Foi quando falei
Resoluta eu lhe dizia
Eu estava feliz
De um modo que nem eu mesma sabia

Falar me fez lembrar do encanto
Responsável pelo meu pesadelo
Escolhi as mais sinceras sensações e
Dentro do seus olhos eu as coloquei

Fechei aquela porta
Resolver está no FIM
Eu até me lembrei do começo, mas apaguei aquela luz
De súbito encerrei também seu nome.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Filho é bagunça?

Por que fez chorar se sabia que não ia durar?
Por que fez de conta que fez
Para depois voltar?
Não me venha jogar na cara, a fim de que eu engula, esse jeito insosso que eu detesto.
Não diga que pensou direito
Não terá sempre essa oportunidade
O que te move? O que te trouxe?
Entras pela porta, mas eu já não sinto nada.
Conta coisas novas, continuando nossos planos
Mas não sei se ainda são os meus.
Sorri para mim e para o programa que passa na TV
Mas já não acho graça.
Sem emoção, reconheço sua presença
Será que ela é mesmo boa?
Agiste como chuva fina e passageira
Não perturbou o sono
Não fez florescer o campo
Não desmoronou quase nada
E passou
O meu olhar distraído só consegue fixar em seu rosto para visualizar suas incertezas e a sua relativa inércia.
Tudo bem, porque não está mal.
Mas tudo ainda tão significado para este sujeito
Para este "EU" que você nem viu quando resolveu partir.