
As palavras se emancipam quando saem dela. Mas ela continua pequena, presa nos retalhos da condição humana. E se escreve é para ver se o infinito a convida para dar um passeio. Nas mãos que deslizam uma caligrafia que nunca fora bonita sente aquilo que transcede e que voluntariamente chamamos de palavras a conduzir, ainda garotinha, para um lugar aonde pode colocar os seus sentimentos no chão e brincar com eles.
E aí é céu no chão! E é não ter mais chão nos pés!
A "cursiva" e a de "forma" misturadas e até ilegíveis formam aquilo que quer contar, que quer sussurrar, que quer ter, que quer sambar.
E é do desalinho, do mezanino do seu coração que ela escreve.
E é do todo que ela fala
E o todo é o que ela quer
O todo é o que ela é
Porque é pequena sim, mas não é pedaço.
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