
Não importava o que ela sentia, pois as águas já lhe faziam falta.
"São insalubres, menina!" , alguém dizia. Mas já eram tão assediadas, reconhecidas e dignas de um pergaminho como as de Douro e Minho.
E as águas corriam...
Sentia o encontro do Negro com o Solimões, da pororoca não esquecida.
É Festa das Águas, menina! É tempo de Boi!
Tudo era novo, mas tratava como se já soubesse das artimanhas daquilo que também pode ser avassalador, um Nilo de surpresas em sua cheia ao Termidor. Acreditava ver naquilo tudo o sentimento aspirado com fervor. Tinha que ser, só podia ser Amor. Manso, acolhedor, interior.
E era no São Francisco que repousava o seu frescor.
E ficou grande, maior do que ela e dolorido. Dor no veio, sangue na pedra, que a torrente levou.
Mas se ele voltasse era surpresa.
E se ainda a quisesse era alegria.
E era o Amazonas que luzia! E do alto era o sinuoso que se via.
Ela não queria outro. Pediam cuidado, pois era de lá que o boto ressurgia. Pois foi que na brincadeira afogou-se um coração. Nas águas ainda jaz, até que desague e quiçá se encontre nas mãos de um pescador, o pequeno coração da menina, da ribeirinha ávida de amar.